Qual o olhar mais doce do que a amargura que me causas?
Qual o sorriso mais puro do que a impureza com que me
abraças?
Qual o amor mais sincero do que o fingimento que
refletes?
Qual o beijo mais quente do que a frieza com que remetes?
E nada passa do sonho que tenho sonhado.
Nada temo daquilo conquistado.
Luz que brilha, fogo que és,
Chama que arde rente a meus pés.
Tesouro num cofre fechado e guardado.
De tanto vivido, de tanto amado.
Aperta-me forte como a força da rizagra
Sob o sol da tarde,
Singeleza que deflagra.