O vento segredou-me ao ouvido
Que só o tempo apazigua uma dor.
Esvoaçava-me o cabelo já comprido
E por dentro, gritava-me um coração sonhador.
O abanar do arvoredo,
Naquele soluçar triste.
Injustiça cometida tão cedo
Não se entende porque partis-te.
Guardado eternamente na memória,
Em cada lágrima corrida...
Marcado em toda a minha trajetória
Nesta curta mas longa vida,
Onde não sobrara tempo para a despedida.
E agora vives no meu céu estrelado
Onde te espero sempre a meu lado.
Dúvidas que me restam mais além
São segredos que o vento tem.
Lara André